4.16.2012

para comemorar o outono, o ano novo e outro

para Nuananda,
com amor

rayuela
eu e ela
(se em mim sou ela e isa
 então rima-se
             ela e eu  )

amarela flor de si em si
                  compartilhamos
amargas pétalas
em cálice confortável a asas
onde servem-se de pólen,
amalgamam-se insectos
(homens circunspectos confundem-se:
   oblíquo amarelo em severas flores:
                 jardim impossível
                           conhece cultivo?)

 afora o amargo
a pétala avoa
enfeite de noiva ventania:
anda, anda o nosso canto
ao consorte sol:
irmana-me contigo!
anda anda
até que consigamos
chegar à beira,
ao aberto da cantiga:
lá alinhavamos horizontes
com linhas tantas da nossa palma

imantada agulha aponta:
                        rumo sorte


(e quem quiser que vá à casa dela: http://oabertodasenguias.blogspot.com.br/)