7.02.2012

de que coisa infinitamente maravilhosa são os castelos que não são de areia?

Como do sono alimento que me suja a roupa, o rosto. Tudo é fagulha indistinta, sonho ou vigília. Os versos velhos soam rasos-largos, seu curso de branca areia assoreado. Nas areias da nossa infância, tantos castelos construíamos nas praias mansas das nossas faltas. 
Durante a febre ardia meu verso impúbere: de lucidez se queimaram as pupilas. E vieram as insignes significâncias de criança feroz: os versos-rasgos, de desvelo e fúria disparados, as barricadas de corais entorno do castelo familiar. A falta ungida de um unguento misterioso, o sentido imperioso de decência.


(assumo esta pena
   e com ela assino
       minha alforria)